Neste artigo, busca-se aproximar o dramaturgo galego Ramón del Valle-Inclán de seus contemporâneos Adolph Appia, Gordon Craig e Vsevolod Meyerhold, no tocante aos esforços de renovação do teatro europeu do início do século XX. Para tanto, faz-se uma análise comparativa entre as elaborações teóricas e práticas de Appia, Craig e Meyerhold e as de Valle-Inclán, sobretudo aquelas incorporadas às obras do ciclo esperpêntico. Por meio dessa análise conclui-se que Valle-Inclán possui afinidades com os colegas estrangeiros, especialmente, no que se refere ao uso criativo dos recursos de iluminação e de atuação.