A partir da tensão entre a língua portuguesa, a oralidade e as línguas nacionais africanas, como as de Moçambique e da Guiné-Bissau, este texto aborda os muitos conflitos oriundos da dominação colonial que resultam na escolha de escritores sobre em qual delas escrever literariamente. Assim, pretende refletir sobre as hierarquias, formas de dominação e de resistência no panorama das literaturas destes países, levando em consideração movimentos culturais como “Negritude”, associados ao colonialismo e ao pós-colonialismo na discursividade sobre literatura e nação. É nossa intenção demonstrar como a escrita literária revela a atmosfera de incompletude do romance como gênero literário e a representação das diferenças expressas pelas múltiplas realidades retratadas pela literatura.