Este trabalho busca demonstrar como a poesia de Guilherme de Almeida percorre a tradição lírica galego-portuguesa — Guilherme reutilizou e reatualizou fôrmas poéticas trovadorescas, humanistas, quinhentistas, românticas; também praticou poesia moderna e pós-moderna — convergindo em direção a uma concisão cada vez mais intensa, que valoriza cada vez mais as elipses e o silêncio como forma expressiva. Para tanto, num percurso diacrônico, são analisados poemas de vários momentos da carreira do poeta, até se chegar a seu último livro, Margem, datado de 1969 e inédito até 2010, todo ele escrito formado por micropoemas em que a condensação significante demonstra a concepção de poesia que Guilherme adotara em sua maturidade artística
Aquivos por Autor: Ulisses Infante
Baudelaire em Murilo
Murilo Mendes transformou a obra poética e crítica de Baudelaire num ponto de referência para a sua própria obra. Neste trabalho, apresenta-se um percurso analítico da presença de Baudelaire na obra de Murilo Mendes. São analisados textos até agora esquecidos em periódicos da década de 1930, textos críticos e textos poéticos escritos por Murilo em português, italiano e francês. Dessa análise decorre a constatação de que Baudelaire sustinha o conceito muriliano de modernidade artística, um conceito obviamente fundador num poeta tão significativo da poesia moderna brasileira.